quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Lição de Economia- Parte I- Livros





Ser acadêmica de corpo e alma significa devotar paixão aos livros, e em regra ver esta paixão (ou mesmo esta necessidade) comprometer grande parte do orçamento. Existem, entretanto, algumas saídas interessantes para começar a sua biblioteca particular sem ter que sacrificar o bolso. Aí vão algumas dicas que me fizeram poupar somas consideráveis em livros, que foram devidamente empregadas em sapatos, bolsas e viagens, é claro.
1) Precisa comprar? Por mais que amemos os livros, o primeiro passo para não comprometer o orçamento é avaliar a real necessidade de adquirir um. Se é um livro-lazer (romances, coletâneas de poemas e outras obras de puro deleite), veja se ele não se encontra disponível em alguma biblioteca próxima, ou se alguma amiga não tem um exemplar para emprestar. Se for um livro-trabalho, veja se ele é inteiramente necessário (se você precisa só de um mísero capítulo, Xerox nele) e por quanto tempo você irá usá-lo (meu manual de Direito Romano hoje apóia o pé da minha escrivaninha). Se for algo muito episódico, que será usado somente em parte de uma disciplina, pense também em recorrer à biblioteca.
 2)Pesquisar é preciso: estes dias descobri uma diferença de quase 40% entre um livro comprado no site da Saraiva e o mesmo livro na loja “física” da Saraiva. Moral da história: sempre pesquise em várias lojas pela internet, e lembre-se de levar em conta o valor do frete.
DICA: Seu prédio não tem portaria para receber os pacotes? Muitas lojas têm a opção de retirada do produto comprado pela internet em uma das lojas físicas da rede, sem adicional algum.
3)Sebo pra que te quero: você sequer precisa IR até o sebo. Existem sites como o www.estantevirtual.com.br que buscam o livro em diversas lojas cadastradas em todo o país.
4)  Peça “por favor”: muitas vezes os próprios autores possuem cópias eletrônicas de seus artigos ou livros. Durante a minha dissertação, recebi diversas obras importantes diretamente de seus autores simplesmente porque pedi com educação. Um deles até escaneou seu livro de 200 páginas (esgotado no Brasil e com o salgado preço de 320 dólares na Amazon) e me mandou por e-mail. A educação move montanhas, e não custa absolutamente nada tentar.
5) Get it from the net: Muitos livros possuem extensas passagens disponibilizadas para a leitura no Google reader. Se o assunto é pontual, muitas vezes a mera visualização resolve as dúvidas; se não for, já é possível ter uma idéia acerca da qualidade e conteúdo do livro, avaliando melhor a necessidade de adquiri-lo. Há também a possibilidade de fazer download de livros em site como o http://www.4shared.com/ ou o www.demonoid.com. Se não estiver disponível por lá, google it!
6)Programe-se: eu faço poupança para a Feira do Livro. Juro. Economizo o ano todo para me esbaldar lá, e as boas ofertas não ficam restritas à praça da Alfândega de Porto Alegre, pois a grande maioria das livrarias oferece descontos de 20% para as compras efetuadas em suas lojas neste período.


Assim, é possível dar um udgrade na vida acadêmica e cultural com pouco esforço e, principalmente, pouco investimento.


*Imagem: the moderate voice

8 comentários:

Maritsa Gonçalves disse...

M-A-R-A-V-I-L-H-A! Amei as dicas, e com certeza já sigo muitas delas. Ainda mais eu, que quero compor uma biblioteca própria! HEHE!
Beijos meninas!

Camila disse...

Obrigada, Maritsa. Confesso partilhar o mesmo sonho de ter uma biblioteca própria, com estantes lotadas do bom e do melhor. No momento, devido às restrições orçamentárias, me contento com edições paperback, mas um dia......

Tens mais alguma dica para partilhar com a gente?

Beijos!

Lena Vaz disse...

Nossa, veio super a calhar esse teu post, Milinha! AMEI!
É dura mesmo a vida de estudante no que tange a livros... Como são caros! Mas o momento da pessoa como mestranda-to-be é esse, não adianta.
Bora pedir, em alemão, pro Kai Ambos disponibilizar as obras dele?! hehehe Bjão!

Camila disse...

Oi Lena,

Como diria um certo professor em constante crise de meia-idade, não falar alemão é uma deficiência que eu tenho...
Mas consegui escrever um e-mail em francês para uma autora grega que traduziu uma série de decisões importantes, e ela gentilmente me disponibilizou o material.....Será que o Kai Ambos não fala inglês?
Beijos

Lena Vaz disse...

ehehehehehehe
Poisé, não falar alemão é uma SÉRIA deficiência.
;-)
Mas tens toda razão, ele deve falar inglês sim.
E a tenteada é livre, um pouco de cara de pau não faz mal a ninguém.
Vou arriscar!
Bjão!

Juliana disse...

Como sempre, um ótimo post!!!!!
adoro o blog!

beijos Mila

John Savage disse...

Muito bom o post. Livros são um recurso importante, msa que freqüentemente consume outros dois recursos escassos: dinheiro, como bem demonstrado aqui, e TEMPO. Pena que tempo não se compra ....

Camila disse...

Obrigada, Simara!
Seja bem-vinda!

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